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Campanha Dezembro Vermelho começa com o Dia Mundial contra a AIDS, celebrado em 1º de dezembro. O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) apoia a iniciativa e prepara sua equipe para conscientizar ainda mais sobre o tema.

A cor da campanha é uma referência ao laço vermelho que simboliza a solidariedade de pessoas ao redor do mundo em resposta à epidemia de AIDS. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) surgiu na década de 1980 e permanece sem cura. É uma doença rodeada de tabus, medo e preconceitos.

O tratamento com coquetéis de medicamentos tem permitido uma vida mais longa e com maior qualidade aos soropositivos – pessoas com o vírus HIV. Essa é a sigla que denomina o Vírus da Imunodeficiência Humana, enquanto AIDS é a denominação da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

Um paciente pode ser soropositivo, ou seja, conviver com o vírus HIV sem ter a manifestação da doença AIDS. Porém, quase todos os portadores do vírus HIV, se não receberem o tratamento adequado, podem ter um quadro de evolução para a síndrome.

Política de cuidado

O Brasil possui uma política de cuidado e enfrentamento considerada referência no mundo, com a produção de antirretrovirais ou coquetéis anti-AIDS, disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Testes rápidos de diagnóstico também são disponibilizados em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), garantindo que o tratamento seja iniciado o quanto antes para os pacientes diagnosticados com HIV. Além disso, é possível a

O Boletim Epidemiológico do HIV/AIDS 2018, publicado pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), mostrou que, de 2007 a 30 de junho de 2018, foram notificados no Sistema de Informação dos Agravos de Notificação (Sinan), 7.166 casos de HIV no estado. Destes, 20 ocorreram em menores de 13 anos de idade. Em 2014, a taxa de detecção foi de 15,6 casos/100 mil habitantes e, em 2017, alcançou 23,5 casos/100 mil habitantes.

No mesmo período, foram notificados 7.146 casos de HIV em indivíduos maiores de 13 anos. A maior taxa de detecção foi identificada em 2016, com 29,6 casos/100 mil habitantes, sendo que 75% (5.375 casos) ocorreram em indivíduos do sexo masculino e 25% (1.788) do sexo feminino. Vale ressaltar que em 2016 e 2017 houve uma estabilização dos números de casos de HIV notificados.

Combate à HIV/AIDS

O principal meio de prevenção à HIV/AIDS é o uso de camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais. Este é o método mais eficaz de prevenção não apenas à HIV/AIDS como as demais Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como sífilis, gonorreia e alguns tipos de hepatites. Preservativos e lubrificantes são distribuídos gratuitamente em UBSs.

Também é fundamental o não compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis. Essa é uma das principais formas de contaminação de HIV/AIDS. As campanhas do Ministério da Saúde para se evitar a contaminação do HIV entre os usuários de drogas injetáveis contam com distribuição de seringas e agulhas esterilizadas.

Também é importante ficar atento a esterilização de materiais perfuro-cortantes, como os que entram em contato direto com o sangue. Se os instrumentos como lâmina de depilação, navalhas e alicates de unha não forem descartáveis, é recomendável que se faça uma esterilização simples – fervendo, passando álcool ou água sanitária.

Objetos usados em consultórios de dentista, em estúdios de tatuagem, clínicas de acupuntura e salões de beleza também podem estar contaminados. Certifique-se sempre que os materiais estão esterilizados e, se são descartáveis, sejam substituídos.

Pré-natal seguro

Mulheres soropositivo precisam ficar atentas para evitar a contaminação dos filhos durante a gravidez, parto ou amamentação. É fundamental que toda mulher grávida faça o teste que identifica a presença do vírus HIV. Esse exame pode ser realizado gratuitamente pelo SUS. Se o resultado for positivo para o vírus, a gestante deverá seguir um tratamento adequado evitando a transmissão para o filho na hora do parto.

A gestante soropositiva recebe medicamentos específicos durante toda a gravidez e, até as seis primeiras semanas de vida, o recém-nascido também deverá fazer uso dos medicamentos.

Como a transmissão do HIV de mãe para filho também pode acontecer durante a amamentação, através do leite materno, será necessário substituir o leito materno por leite artificial ou humano processado em bancos de leite que fazem aconselhamento e triagem das doadoras.

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